Origem
Os relatos mais antigos sobre esta cidade vem do ano de 1674 ,mencionando uma pequena povoação às margens do Rio Guapimirim.Como era caminho para as muitas tropas que iam e vinham da Minas Gerais,o lugar logo se tornou um povoado pois era a última parada antes de subir a Serra. Ali foi erguida a Igreja de Nossa Senhora d'Ajuda. No final do século XVIII, surgiu o povoado de Santana, que ficava no caminho das tropas que ultrapassavam a serra.Os tropeiros eram acometidos por diversas doenças tropicais,epidemias de malaria,cólera e toda sorte de doenças forçaram a construção do cemitério de Santa’Ana este ainda serve a cidade.O nome "Guapimirim" tem diversas possiveis origens,uma conta que em um acampamento de índios que viviam em torno de uma nascente na região do Vale das Pedrinhas deu o nome "Guapimirim" que é um termo de origem tupi que significa "guapira pequeno" ("guapira" significa "lugar onde começa um vale") . O rio que deu nome ao município era por onde as tropas passavam, levando mercadorias para o sertão das Minas Gerais, de onde traziam ouro e pedras preciosas.Foi também nessa época que surgiu o povoado da Barreira – a origem desse nome deve-se ao fato de ali ter sido instituído o primeiro pedágio – onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1713) e a antiga sede da Fazenda Barreira que, hoje, abriga o Museu Von Martius, em homenagem a Frederik Von Martius, naturalista alemão que estudou a flora e a fauna da região a convite de Dom Pedro II. Na época da Guerra do Paraguai, o imperador hospedou-se no local, interessado em avaliar as plantações da quina calisaia de onde se extrai o quinino, medicamento que combate a malária e que seria utilizado pelo exército brasileiro.
Em 1939, o então presidente brasileiro Getúlio Vargas criou o parque Nacional da Serra dos Órgãos e a fazenda Barreira foi incorporada ao patrimônio ambiental da União. Guapimirim se emancipou do município de Majé em plebiscito realizado no dia 25 de novembro de 1990, O primeiro prefeito de Guapimirim foi Nelson Costa Mello,.
Encontro com a ferrovia
As últimas décadas do século XIX foram marcadas pela construção da estrada de ferro Teresópolis. Esta ferrovia marcou o momento de transformação do município para os tempos modernos. A população, em sua maioria, era formada de lavradores e ferroviários. Com a construção da rodovia BR-116 (1958), o transporte ferroviário entrou em decadência. O advento da rodovia facilitou o acesso à serra e foi fator preponderante na intensificação do processo de ocupação.
Curiosidade
Guapimirim com seus 345 km2, tem 70% de área preservada protegida por Unidades de Conservação. Lá se localiza o CPRJ, Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, localizado no bairro Paraíso, ali está preservado o esqueleto do célebre “Macaco Tião”. Abriga também alguns espécimes de Mono Muriqui (ou Mono Carvoeiro), o maior primata das Américas, que só é encontrado na nossa Mata Atlântica e está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra. Este centro recebeu a visita da Rainha Elizabeth II da Inglaterra. Guapimirim também ostenta o famoso Dedo de Deus, denominado pelos indígenas de “Pua-Tupã”. Nas suas encostas existiu o Quilombo da Serra, onde sobressaiu a luta de uma escrava chamada Maria da Conceição, a Maria Conga. O Dedo de Deus mede 1.695 m de altura e, de acordo com a base cartográfica do IBGE, está dentro do território de Guapimirim, sendo considerado o símbolo do alpinismo brasileiro.
Excelente matéria sobre a história desta bela cidade de Guapimirim.
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