História de NOVA IGUAÇU

Origem Por volta de 1540 única coisa que se esperava da Baixada é que esta fosse caminho para as riquezas encontradas em Minas Gerais. As vilas e aldeias foram se formando sem planejamento algum por parte de Portugal.Mais interessados em extrair riquezas para pagar dividas e impedir invasões ,não sobrava tempo para pensar nos colonos e nativos “nesta região os Tupinambás”. Com o Cristianismo vindo da Europa ,muitas capelas eram erguidas para marcar o inicio de povoados .Entre elas a capela de Nossa Senhora da Piedade do Iguassú que foi erguida em 1699 na propriedade do alferes José Dias de Araujo. Ali surgiria o povoado de Iguassú.no ano de 1811 em uma reunião da junta real do comercio fica decidido que uma estrada teria que ser construída para dar vazão a produção de café que seria negociada coma Inglaterra,surgiria então a estrada do comercio(primeira estrada pavimentada do Brasil para passagem de café).Em 15 de janeiro de 1833 o povoado e elevado a Vila de Iguassú. Em 1850 a Cólera (Morbo)mata quase todos os habitantes de Iguassú,uma onda de saques acontecem sem que as autoridades possam fazer nada.O governo temia a cólera se propagasse com os objetos roubados,logo estes são deixados para trás.Em 1854 a E .Ferro D.Pedro II chega a região fazendo parada na estação de Maxambomba.Em 1875 com a construção da Fazenda São Bernardino surge a Estrada de Ferro Rio do Ouro com o ramal Tinguá adaptado para passageiros.Em 1916 por iniciativa do político Manoel Reis o nome da segunda sede do município passa de Maxambomba para Nova Iguaçu. Encontro com a ferrovia A ferrovia “Central do Brasil,”proporcionou o crescimento esperado a localidade de Maxambomba .Sendo a substituta da então devastada Vila de Iguassú,a nova sede teria a responsabilidade de enviar sua produção com todos os problemas de logística que a ferrovia apresentava naquela época,tais como ,comunicação terrestre,abastecimento de água,manutenção das peças que vinham da Europa e até o rompimento de trilhos em regiões mais alagadas. Curiosidade Em 1837 o coronel de engenheiros Conrado Jacob de Niemeyer elaborou um mapa da Vila Iguassú.Este continha a história do “Largo Lava-pés”,um largo que possuía um desnível no calçamento e este deixava que o Rio Lava-pés corresse livremente.Os fieis que iam a igreja matriz de Nossa Senhora da Piedade usavam esta água para limpar a lama que ficava em seus calçados e roupas ,provenientes de ruas não calçadas.Depois de limpos Os fieis dirigiam se a igreja. O rio ainda existe soterrado nas ruínas da Vila .

HISTÓRIA DE MAGÉ

Origem Falar de Magé ,ponta da Baixada Fluminense requer atenção. Pois sua história se confunde com a propria criação do estado da Ganabara.Por volta do ano 1000,bem antes do téorico “descobrimento” do Brasil os índios Tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos Tupis procedentes da Amazônia. Quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região, no século XVI, a mesma era ocupada pela tribo tupi dos Tupinambás, também conhecidos como Tamoios. O atual município tem origem no povoado de Majepemirim, fundado em 1566 por colonos portugueses. Possuía um dos principais portos da região, onde muitos navios negreiros descarregavam os escravos. Em 1696, foi criada a freguesia denominada, Magé,e em 1789,foi elevado à categoria de vila. Durante a monarquia, foi criado o baronato de Magé em 1810. Este foi elevado a viscondado em 1811. A vila foi elevada a cidade em 1857.Seu território foi constituído com terras desmembradas do município de Santana de Macacu e da cidade do Rio de Janeiro, inclusive ilhas do pequeno arquipélago de Paquetá. Era constituído de cinco distritos: Magé, Guapimirim, Suruí, Inhomirim e Guia de Pacopahiba. Este cais “Pacopahiba”,era paralelo a estação que fazia a ligação com a cidade de Petrópolis. A família imperial tomava uma barca na cidade do Rio de Janeiro em direção a Guia de Pacobaíba e, de lá, tomava o trem para Petrópolis, a "cidade imperial". Em 1949,foi inaugurado o Palacio Anchieta,homenageando o padre Jesuita José de Anchieta, com características do período do Estado Novo, o palácio, situado à praça Nilo Peçanha, foi construído para ser a sede da Prefeitura Municipal de Magé pelo então prefeito José Ullmann Junior (1947-1951), na presença do Governador Edmundo de Macedo Soares.A Lei Estadual 1 772, de 21 de dezembro de 1990, desmembrou, do município de Magé, do distrito de Guapimirim, o qual foi elevado à categoria de município. Encontro com a ferrovia Magé esta intimamente ligada a história das ferrovias no Brasil.Tudo se deu no ano de 1835 quando o Regente Diogo Antonio Feijó,abre a concessão para a construção de ferrovias que ligassem o Rio de Janeiro ,São Paulo, Minas Gerais e Bahia.mas nenhuma empresa se interessa devido aos baixos lucros e altos investimentos necessários.Mas em 1852 o governo promulga a lei nº 641 que estabelecia muitas vantagens econômicas a quem se dispusesse a construção da via férrea.O senhor Irineu Evangelista fica com a concessão de construção e no ano de 1854 ele inaugura a Estrada de Ferro D.Pedro II a primeira ferrovia do Brasil. Curiosidade Por volta de 1567 os Tamoios foram massacrados no Baixo da Guanabara por Mem de Sá. Os sobreviventes refugiaram se como puderam. Alguns vieram para Magé. Um grupo pequeno montou aldeia e permaneceu escondido na mata por gerações ,segundo alguns moradores da reserva indígena de Niterói ;Quando a Baixada Fluminense passou a ter mais fazendas do que matas um pajé remanescente do tal grupo,temendo um novo massacre enfeitiçou sua filha para que esta dormisse .A menina dormiu e transformou se em árvore “A Mirindiba”.Esta árvore encontra se hoje em terreno da Capela de Nosso senhor do Bonfim,no morro da Figueira.

HISTÓRIA DE DUQUE de CAXIAS

Origem Em 1566 começa o assentamento dos primeiros colonos em terras do atual Município de Duque de Caxias. Estes buscaram os vales dos rios Meriti, Sarapuí, Iguaçu e Estrela, assim como na orla praiana, para melhor extrair as riquezas da região.O fidalgo que recebeu as primeiras concessões de sesmarias na região foi ,Cristovão Monteiro.Monsenhor Pizarro,(um historiador religioso que percorreu a Baixada em seus primórdios), descreve estas terras como um lugar onde não havia referencias religiosas expressivas por parte da população antes de 1612, mas em 1637 a freguesia de Nossa Senhora do Pilar registra a criação da freguesia, servida de uma capela de Nossa Senhora das Neves", construída em área doada por Manuel Pires. Em 1696 foi fundado a capela do Pilar. Em 15 de janeiro de 1833, quando o Decreto da Regência elevou à vila a povoação de Iguaçu,esta compreendeu em sua jurisdição as terras que hoje fazem parte do Município de Duque de Caxias e que na época constituíam território das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar. Ainda por alguns anos,era visível o progresso nessa região. Em meados do século XIX começou a fase de decadência. A devastação das matas trouxe como resultado a obstrução dos rios e conseqüente extravasamento, com a formação de pântanos, que tornaram a região praticamente inabitável. Em 30 de abril de 1854, Irineu Evangelista de Souza, “Barão de Mauá”, inaugurava a primeira estrada de ferro do Brasil. Em 23 de abril de 1886, outro trecho ferroviário foi inaugurado pela "The Rio de Janeiro Northern Railway" ligando a Cidade do Rio à Estação de Meriti, onde, mais tarde, surgiria a povoação que deu origem à sede do atual Município de Duque de Caxias. Meriti, hoje Duque de Caxias, deve, em grande parte, o seu reerguimento ao iniciador das obras da Baixada Fluminense, Nilo Peçanha. Em 14 de março de 1931, foi criado o Distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti e formado pelo território desmembrado do Distrito de Meriti pertencente ao então Município de Iguassú (atual Nova Iguaçu). Em 31 de dezembro de 1943 foi elevado à categoria de Município, sob a denominação de Duque de Caxias. Encontro com a ferrovia Em meados do século XIX,a ganância de extrair as riquezas locais devastou matas obstruiu rios dizimou aldeias indígenas e levou muitas espécies da fauna e da flora a completa extinção.A freguesia de Merity sofria as conseqüências de um surto de malaria e até de cólera. Mas em 1886 chegava a região a ferrovia The Rio de Janeiro Northern Railway esta anos depois possibilitou a recuperação da economia local.E para esquecer o titulo de “Merity do Pavor” a estação teve seu nome mudado para Duque de Caxias ,homenageando Luis Alves de lima e Silva(patrono do Exercito)nascido na cidade. Curiosidade No início do século XVII a exploração das “Minas Gerais” fazia transitar uma enorme quantidade de pessoas pelas terras que hoje pertencem a Duque de Caxias.Como havia pouquíssimos caminhos seguros por terra, haja visto que falamos da Baixada Fluminense,”Flu Mens”terra da água em latim.O natural era buscar hidrovias,em torno disto Surgiu o PORTO ESTRELA,o porto mais importante deste período da historia.Em torno dele desenvolveu se um arraial que no século XIX foi transformado em município.

HISTÓRIA DE NILÓPOLIS

Origem Em 1568,fidalgos disputavam as terras deste entorno Fluminense,e a sesmaria que corresponde as terras de Nilópolis, foi dada a Brás Cubas ,por volta de 1600 a região abrigava remanescentes “jacutingas” que haviam restado depois da invasão Portuguesa a suas terras,e ao redor o progresso era visível a civilização chegava as terras da Baixada da Guanabara .Em 1634 o senhor João Álvares Pereira fundava a Fazenda São Matheus,este bravo colonizador ergueu uma capela em suas terras em 1637 em homenagem a seu padroeiro o padre Matheus Machado Homem. A Capela de São Matheus ainda existe no município. O bisneto do senhor João Álvares assumiu a fazenda em 1714,a área da fazenda era tamanha que chegava até o Rio Pavuna.Em 1779 esta passou as mãos do alferes Ambrósio de Sousa Coutinho,com mais de 50 escravos a fazenda produzia açúcar refinado e aguardente. Esta produção que era bem grande para a época era transportada até o porto da Pavuna através de tropas de burros. Em 1854 ,o Barão de Bonfim ,adquiriu a fazenda e a deixou para seu irmão Jerônimo José de Mesquita que possuía também uma feitoria de café na serra da Chatuba. Com a abolição da escravatura em 1888 ,a fazenda perdeu a mão de obra para seu sustento ,então foi abandonada e hipotecada.Nesta ocasião Nilópolis era conhecida por “Engenheiro Neiva”este nome homenageava um dos engenheiros responsáveis pelo assentamento dos trilhos da E.Ferro D.Pedro II.Em decadência,no ano de 1900 a fazenda perdeu sua mata Atlântica,muitas espécies endêmicas foram extintas,e suas terras foram loteadas a baixo preço. Os maiores compradores foram ,o senhor Lazaro de Almeida e o senhor João Alves Mirandella.No ano de 1916 a cidade recebia luz elétrica um avanço tecnológico proporcionado pelo Presidente Nilo Peçanha,o presidente que mais investiu na cidade,motivo pelo qual em meados de 1922 a cidade passava a se chamar Nilópolis . O encontro com a ferrovia A ferrovia trouxe a Nilópolis ,a chance de escoar sua produção com maior facilidade.Enquanto muitas vilas na Baixada transportavam suas produções por rios,Nilópolis ,então “Fazenda são Matheus”tinha maior dificuldade no transporte pois este era feito com tropeiros que eram constantemente assaltados. Curiosidade Em 1916 a companhia de Carril Melhoramentos de Iguassú ,inaugurou o primeiro e único trafego de bondes puxados a burros,que se tem registro na Baixada .Tal sistema só havia na capital ,Rio de Janeiro com os bondes puxados a burro de Santa Teresa em 1859. O trajeto dos bondes de Nilópolis partia da estação e percorria toda a Avenida Mirandella.O próprio Presidente Nilo Peçanha viajou em um destes bondes em visita a cidade.

HISTÓRIA DE GUAPIMIRIM

Origem Os relatos mais antigos sobre esta cidade vem do ano de 1674 ,mencionando uma pequena povoação às margens do Rio Guapimirim.Como era caminho para as muitas tropas que iam e vinham da Minas Gerais,o lugar logo se tornou um povoado pois era a última parada antes de subir a Serra. Ali foi erguida a Igreja de Nossa Senhora d'Ajuda. No final do século XVIII, surgiu o povoado de Santana, que ficava no caminho das tropas que ultrapassavam a serra.Os tropeiros eram acometidos por diversas doenças tropicais,epidemias de malaria,cólera e toda sorte de doenças forçaram a construção do cemitério de Santa’Ana este ainda serve a cidade.O nome "Guapimirim" tem diversas possiveis origens,uma conta que em um acampamento de índios que viviam em torno de uma nascente na região do Vale das Pedrinhas deu o nome "Guapimirim" que é um termo de origem tupi que significa "guapira pequeno" ("guapira" significa "lugar onde começa um vale") . O rio que deu nome ao município era por onde as tropas passavam, levando mercadorias para o sertão das Minas Gerais, de onde traziam ouro e pedras preciosas.Foi também nessa época que surgiu o povoado da Barreira – a origem desse nome deve-se ao fato de ali ter sido instituído o primeiro pedágio – onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1713) e a antiga sede da Fazenda Barreira que, hoje, abriga o Museu Von Martius, em homenagem a Frederik Von Martius, naturalista alemão que estudou a flora e a fauna da região a convite de Dom Pedro II. Na época da Guerra do Paraguai, o imperador hospedou-se no local, interessado em avaliar as plantações da quina calisaia de onde se extrai o quinino, medicamento que combate a malária e que seria utilizado pelo exército brasileiro. Em 1939, o então presidente brasileiro Getúlio Vargas criou o parque Nacional da Serra dos Órgãos e a fazenda Barreira foi incorporada ao patrimônio ambiental da União. Guapimirim se emancipou do município de Majé em plebiscito realizado no dia 25 de novembro de 1990, O primeiro prefeito de Guapimirim foi Nelson Costa Mello,. Encontro com a ferrovia As últimas décadas do século XIX foram marcadas pela construção da estrada de ferro Teresópolis. Esta ferrovia marcou o momento de transformação do município para os tempos modernos. A população, em sua maioria, era formada de lavradores e ferroviários. Com a construção da rodovia BR-116 (1958), o transporte ferroviário entrou em decadência. O advento da rodovia facilitou o acesso à serra e foi fator preponderante na intensificação do processo de ocupação. Curiosidade Guapimirim com seus 345 km2, tem 70% de área preservada protegida por Unidades de Conservação. Lá se localiza o CPRJ, Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, localizado no bairro Paraíso, ali está preservado o esqueleto do célebre “Macaco Tião”. Abriga também alguns espécimes de Mono Muriqui (ou Mono Carvoeiro), o maior primata das Américas, que só é encontrado na nossa Mata Atlântica e está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra. Este centro recebeu a visita da Rainha Elizabeth II da Inglaterra. Guapimirim também ostenta o famoso Dedo de Deus, denominado pelos indígenas de “Pua-Tupã”. Nas suas encostas existiu o Quilombo da Serra, onde sobressaiu a luta de uma escrava chamada Maria da Conceição, a Maria Conga. O Dedo de Deus mede 1.695 m de altura e, de acordo com a base cartográfica do IBGE, está dentro do território de Guapimirim, sendo considerado o símbolo do alpinismo brasileiro.